Greenpeace continua protesto no litoral do Maranhão
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Desde segunda-feira (14), o Greenpeace realiza um protesto no litoral do Maranhão. Para evitar um carregamento de 31,5 mil toneladas de ferro-gusa destinado aos Estados Unidos, ativistas se revezam pendurados na corrente da âncora do navio cargueiro bahamense Clipper Hope, que está na baía de São Marcos, em São Luis (MA).
Eles pedem providências para evitar que o ferro-gusa, matéria-prima do aço, continue sendo feito no Brasil com carvão vegetal extraído ilegalmente da Amazônia.
No início da semana, relatório divulgado pela organização ambiental liga o desmatamento ilegal na floresta amazônica do Pará e Maranhão à produção de aço voltada para o mercado automobilístico dos Estados Unidos.
De acordo com o estudo “Carvoaria Amazônia”, até 90% do ferro-gusa (principal matéria prima do aço e requer carvão vegetal) produzido na região de Carajás é exportado para siderúrgicas dos EUA, que fornecem, posteriormente, para grandes montadoras. Carajás engloba partes do Pará, Maranhão e Tocantins.
O Greenpeace apontou no documento que ao menos duas guseiras brasileiras, uma instalada no PA e outra no MA, são responsáveis por essa produção, mas as duas movimentariam uma cadeia com ilegalidades como desmate do bioma, carvoarias com trabalho escravo e invasões de terras indígenas. O carregamento destinado aos EUA vem de uma dessas empresas.
O Greenpeace entregou, na tarde desta quarta-feira, uma denúncia ao Ministério Público Federal do Maranhão sobre as ilegalidades encontradas na cadeia de produção do ferro gusa no Estado. Com a den´nci, o MPF abriu um inquérito para investigar o caso.


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